Diário do Finalista: Márlon Chin Lee

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Tenho 22 anos e estou cursando Design de Moda no Centro Europeu, juntamente com o último ano em Design de Produto na UFPR.

Desde pequeno minha cabeça sempre foi uma caixola de ideias, vivia num mundo onde o imaginário sempre poderia se tornar real. Com isso, decidi fazer o vestibular para o curso de Design de Produto, porém não foi o suficiente para acalmar minha mente inquieta de novas ideias (hehehe). Foi aí que decidi cursar Design de Moda. Me encantei por esse nicho de mercado no qual poderia me expressar em peças que fazem maior importância emocionalmente no dia a dia das pessoas.

Na coleção “Veneza: A humanidade e a água” estarão presentes quatro peças complexas, que podem ter a forma de uso modificada durante o desfile num simples toque de mágica, fora acessórios como brincos, e sapatos.

A inspiração para minha coleção foi feita através de conversas entre amigos que já estiveram no país italiano, no qual a maioria me contou sobre a beleza de Veneza. Com isso passei a pesquisar mais sobre a romântica cidade. A pesquisa foi bem instigante, pesquisei em livros, internet e até em enciclopédias (isso mesmo)! Tudo isso para poder entender o astral de Veneza, porém o que mais me chamou a atenção foi do fato da cidade ser um patrimônio da humanidade e um dos centros da artes ser condenada pelas cheias dos canais que a cercam.


Sempre busco um tema para minhas coleções, no qual acredito que agrega muito mais valor no vestuário, muito mais sentido do por que vestir. Sobre o tema busquei procurar imagens que me inspirassem, paisagens e detalhes de Veneza, que gerou um painel que ficou pendurado no meu mural durante a criação dos looks.


O que mais me inspira na moda, fora grandes nomes como Ronaldo Fraga, Zuhair Murad, Guo Pei, Alexander McQueen, Elie Saab, são os artesanatos regionais brasileiros, pois acredito que possuem alto potencial dentro da passarela e no vestuário podendo reinventar conceitos e inovar modelagens e tendências, além de resgatar valores culturais que estão sendo esquecidos.

O segmento da moda que pretendo seguir, e que mais me agrada é das roupas para festas dentro os diferentes níveis do Dress Code feminino, pois acredito que há mais possibilidades em experimentações de modelagens e é dele que as mulheres se sentem mais bonitas para se apresentarem para uma festa.
Tendência de peças exclusivas! Acredito que a criação com o varejo podem ser boas parceiras para venda de vestuários, desde que possuam um diferencial diante do mercado, agregando maior valor emocional, simbólico e técnico nas peças para seus usuários. Com isso posso voltar a falar do artesanal, que se encaixa perfeitamente em novas criações numa venda mais restrita, pelas peças possuírem geralmente uma produção com características diferentes e únicas, reexplorando culturalmente as raízes do país.