Nasci em Iguape, uma pequena cidade do Litoral de São Paulo, tenho 19 anos e estou cursando o segundo ano de moda na Universidade Estadual de Maringá - campus regional de Cianorte.
A notícia da classificação no Paraná Criando Moda deste ano me pegou desprevenida. Como trabalho o dia todo como assistente de estilo e estudo à noite, foi complicado arrumar tempo para desenvolver o projeto. Portanto, apesar de ter me dedicado ao máximo, confesso que não esperava tanto. E é por isso que estou tão feliz por estar entre os finalistas desta edição. Foi uma emoção muito grande desde o primeiro momento, tanto pra mim quanto para meus amigos e familiares, estes que mesmo longe, me ajudaram bastante.
Para a criação não tive muita dificuldade. Desenhar é algo que gosto muito e me identifiquei bastante com o tema escolhido. Minha inspiração surgiu de uma conversa com meu namorado onde surgiu o assunto "máfia italiana". Busquei no clássico dos cinemas "O Poderoso Chefão" o clima necessário para desenvolver o looks. Minhas criações são bem andróginas devido à predominância masculina neste tipo de sociedade, com um ar de alfaiataria de forma a reforçar a tradicionalidade da organização e com uma pegada minimalista, pois é como costumo trabalhar. A execução das peças teve algumas complicações, mas nada fora do comum.
Penso que no fim das contas o que é mais complexo desta situação é a pressão e o nervosismo que nós mesmo criamos. São muitas expectativas, muitos sonhos em questão, e além do mais, no meu caso, misturados à preocupação de ser novata em um concurso como este.
Apesar de tudo, posso dizer que tem sido uma experiência maravilhosa. É muito bom ter seu trabalho reconhecido e só de poder participar do desfile já é a maior recompensa pra mim. Sinto que aprendi demais com esta oportunidade e isso não tem prêmio nenhum que pague. A partir de agora tudo o que quero é aproveitar cada segundo e desfrutar do evento que tanto me empenhei para participar.
