Diário do Finalista: Heloisa Strobel Jorge

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Heloisa Strobel Jorge, aluna do curso de Design de Moda do Centro de Educação Profissional Irmão Mário Cristóvão de Curitiba (extensão da Puc Paraná), se desdobra para conciliar a profissão de arquiteta e os estudos. A estudante que está no terceiro período se aventurou pela primeira vez a participar de um concurso de Moda. “Depois de certo tempo estudando moda, que sempre foi o meu sonho, achei que já estava preparada para dar passos maiores e o concurso seria um grande incentivo”.
A seleção de seu trabalho veio como uma grande surpresa, “apesar de sempre trabalhar buscando o meu melhor, não esperava ser selecionada, pois foi a primeira vez que enviei minhas criações para um concurso. Depois da surpresa fiquei muito feliz, claro, e passei a me concentrar nos mínimos detalhes para executar as peças com a qualidade que eu espero”, afirmou a finalista.

Para o futuro, Heloisa pretende produzir pequenas coleções exclusivas, de produção limitada, com materiais diferenciados e etapas industriais e artesanais combinadas. “Acredito que trazer coisas novas para o mercado é uma função importante do profissional de moda, hoje. Precisamos conhecer e participar de todas as etapas do produto, pensar a sua inserção em um mercado global. O consumidor vai cobrar isso cada vez mais”, completou.
A arquiteta está com uma proposta inusitada para o Concurso, com misturas de materiais diferenciados, mas que isso ela prometeu contar um pouco mais no próximo diário.


Sou arquiteta e sempre gostei de traçar paralelos entre o vestir e o abrigo, as construções das formas. Desde muito nova quis trabalhar com moda, mas na época de escolher o curso as coisas foram diferentes, fui para a arquitetura e hoje não me arrependo - ela abre horizontes, além de trabalhar um pensamento mais amplo sobre a inserção do indivíduo na sociedade. Trabalho há 4 anos no escritório Jaime Lerner Arquitetos Associados, onde desenvolvemos projetos de acupuntura urbana, arquitetura, desenhos de espaços públicos. De transporte coletivo a equipamentos coletivos, aqui pensamos a cidade como um todo, um espaço para o intercâmbio de pessoas, culturas e sonhos. É um trabalho que me motiva a buscar coisas novas. As pessoas me inspiram e a arquitetura me ensinou a transformar inspiração em forma.

Há pouco mais de um ano decidi que poderia levar minhas ideias de moda, tecido e forma um pouco mais a sério e entrei no curso técnico em design de moda. Queria aprender o processo todo desse mercado, como uma peça sai do papel, desenvolvimento de produto, essas coisas. A moda mexe muito com o imaginário das pessoas, possibilita transformações da identidade, personagens únicos e signos comuns.
Agora, quase no fim do curso, submeti pela primeira vez meu trabalho a um concurso. É claro que sempre fazemos o nosso melhor, mas confesso que foi uma surpresa saber que eu estava entre os 10 finalistas. Justamente por ser o primeiro concurso, eu não esperava. O resto da história não é muito diferente para ninguém. Você corre, pensa, desenvolve, desenha, corre mais um pouco, compra, gasta, veste, tira, prova, modela, costura, ajusta, desenha de volta, liga devolta, aprova devolta, modela mais, gasta mais, desenha mais... E no fim sempre ganha mais.




Boa sorte, Heloisa!